segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Hotel Amazonas



A antiga casa do Barão de Pirapitinga está localizada entre as ruas Barão do Amazonas da Boa Morte. O edifício possui dois pavimentos com fachadas dando diretamente sobre o alinhamento da calçada. Sua sacada é notável com belo trabalho de ferro fundido que se prolonga em toda a extensão do primeiro andar. O prédio foi construído na segunda metade do século XIX para residência urbana da família do Barão de Pirapitinga, proprietário rural campista do vale do baixo Paraíba.
Este prédio teve seu tombamento provisório emitido em 23/07/1987 pelo INEPAC através do processo nº E-18/300.595/85, p. 26; e está localizado à Rua Barão do Amazonas, nº 58, centro, Campos dos Goytacazes, RJ.
zada, marcada por dois pináculos laterais. No século XIX, o conjunto serviu de residência ao visconde de Araruama, depois abrigou a Câmara, a Prefeitura, serviu de Biblioteca Municipal e também foi ocupado pela Secretaria de Fazenda.

Em 2012 foi totalmente restaurado pelo governo municipal e atualmente é a sede do Museu de Campos. Um espaço aberto ao público, onde estão expostos obras de arte que revelam a história fragmentada de Campos dos Goytacazes.
Este prédio teve seu tombamento provisório determinado pelo INEPAC em 23/07/1987, conforme processo nº E-18/300.595/85 e está localizado na Praça do Santíssimo Salvador, nº 40, Centro.
Em 12 de setembro de 2013, o mesmo foi tombado pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos, conforme Resolução nº 005/2013, e seu tombamento está publicado no Diário Oficial do Município na data acima registrada.

Solar do Visconde de Araruama



O Solar do Visconde de Araruama localizado na Praça do Santíssimo Salvador também integra um grupo de quatro importantes imóveis, localizados no centro histórico da cidade, tombados por solicitação de representantes da comunidade campista, que se mobilizou em defesa de sua preservação. A praça é marcada pela diversidade de suas construções com linguagens arquitetônicas diferenciadas que testemunham a vida da cidade. O Solar foi construído pelo brigadeiro José Caetano Coutinho em fins do século XVIII. O imóvel tombado é integrado por dois sobrados distintos, ligados internamente. A composição da fachada do prédio principal se utiliza do vocabulário neoclássico. Seu interior apresenta cômodos generosos ao redor de um pátio interno. Aos fundos, um pátio posterior dá acesso para a rua Barão do Amazonas. O prédio da esquerda, de gosto eclético e menores dimensões, destaca-se pela platibanda de alvenaria vazada, marcada por dois pináculos laterais. No século XIX, o conjunto serviu de residência ao visconde de Araruama, depois abrigou a Câmara, a Prefeitura, serviu de Biblioteca Municipal e também foi ocupado pela Secretaria de Fazenda.
Em 2012 foi totalmente restaurado pelo governo municipal e atualmente é a sede do Museu de Campos. Um espaço aberto ao público, onde estão expostos obras de arte que revelam a história fragmentada de Campos dos Goytacazes.
Este prédio teve seu tombamento provisório determinado pelo INEPAC em 23/07/1987, conforme processo nº E-18/300.595/85 e está localizado na Praça do Santíssimo Salvador, nº 40, Centro.
Em 12 de setembro de 2013, o mesmo foi tombado pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos, conforme Resolução nº 005/2013, e seu tombamento está publicado no Diário Oficial do Município na data acima registrada.

Hotel Gaspar


Localizado na Praça do Santíssimo Salvador, nº 30, no Centro, este prédio foi edificado por volta de 1830, para servir de residência ao Dr. José Gomes da Fonseca Paraíba, fazendeiro campista. Com três pavimentos e implantado junto ao alinhamento da calçada, ele faz parte do conjunto de prédios de arquitetura eclética que compõe quase todo um lado da Praça do Santíssimo Salvador. O Hotel Gaspar serviu há muitos anos, a muitas gerações de famílias campistas e turistas que visitaram a cidade. Em seu salão nobre, foram realizadas inúmeras reuniões durante o episódio da participação campista na luta pela Proclamação da República. O prédio é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural – INEPAC. Seu tombamento provisório ocorreu no dia 23/07/1987.

Sociedade Musical Lira de Apolo


Fundada em março de 1870 a Sociedade Musical Lira de Apolo tem por padroeira Nossa Senhora da Glória. O edifício que é tombado pelo INEPAC através do processo nº E-18/300.595/85 – p. 26 foi construído graças aos donativos dos seus associados. O prédio foi inaugurado na Praça do Santíssimo Salvador em 1912, no coração da cidade e ao lado da Catedral do Santíssimo Salvador.
Sua construção sobressai ao conjunto arquitetônico eclético remanescente na praça pelo tratamento mais elaborado de sua fachada e pelos dois telhados pontiagudos, arrematados por uma lira estilizada.
Em 1990, um incêndio no prédio destruiu seu interior e a cobertura. Desde então a Sociedade Musical vem lutando pela sua restauração.
O prédio está localizado no nº 63 da Praça do Santíssimo Salvador, Centro, e é tombado pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos, através da Resolução nº 002/2011, e publicada no Diário Oficial em 27 de dezembro de 2011.


Busto de Monsenhor Uchôa


O Monsenhor João de Barros Uchôa, foi quem empreendeu seus esforços para transformar a antiga Matriz na Catedral que hoje todos os campistas se orgulham de tê-la, e cuja obra é admirada por turistas que a visitam. O busto de Monsenhor Uchôa, está localizado ao lado da Catedral e de frente para a Praça do Santíssimo Salvador.
O Busto foi inaugurado em 6 de agosto de 1947, e é tombado pelo COPPAM, conforme Resolução nº 003/2011, e publicada no Diário Oficial em 27 de dezembro de 2011.


Placa em homenagem a Dom Carlos Alberto Navarro



O quarto Bispo de Campos dos Goytacazes, Dom Carlos Alberto Etchandy Gimeno Navarro, ocupou o Bispado e a Diocese de Campos, entre os anos de 1981 e 1990. Filho de João Gimeno Navarro e Maria do Carmo Etchandy Navarro foi ordenado sacerdote no Rio de Janeiro em 29 de junho de 1959 e sagrou-se bispo em 12 de dezembro de 1975.

Ele foi Bispo auxiliar do Rio de Janeiro e Vice-Secretário do Regional Leste 1 antes de ser transferido para a Diocese de Campos, em 29 de agosto de 1981. Sua chegada à Campos foi conturbada uma vez que substituía o Bispo tradicionalista Dom Antônio de Castro Mayer, que esteve à frente da Diocese por 32 anos.
Navarro deixou a Diocese de Campos uma vez que foi nomeado Arcebispo de Niterói em 9 de maio de 1990, mas só tomou posse em 2 de julho de 1990, sendo eleito ainda Presidente do Regional Leste 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB entre 1991 e 1995.
No ano seguinte, 1996, Navarro idealizou uma nova Catedral para a cidade de Niterói, cujo projeto foi assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer e abençoado pelo Papa João Paulo II, em sua segunda visita ao Rio de Janeiro. Navarro faleceu em 2 de fevereiro de 2003, aos 71 anos.
Em Campos, Navarro realizou idealizou inúmeros projetos, um dos quais também foi tombado recentemente pelo Coppam, o Grupo de Teatro Sacro que leva seu nome.

A placa em homenagem por sua passagem em Campos dos Goytacazes, foi inaugurada em 6 de agosto de 2005, e é tombada pelo Conselho de Patrimônio e Preservação Histórico e Cultural de Campos, através da Resolução nº 003/2011, e publicada no Diário Oficial em 27 de dezembro de 2011. 


quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Catedral do Santíssimo Salvador


Conhecida popularmente como Catedral pela população campista, esta Basílica – denominação dada pela Igreja Católica -, possui estilo neoclássico onde o destaque fica por conta dos 32 vitrôs ricamente trabalhados que emolduram suas paredes externas.
A primeira Matriz foi construída onde hoje se encontra a Igreja de São Francisco de Assis, e sua construção foi ordenada pelo Governador Salvador Correia de Sá e Benevides, daí o fato do marco inicial da cidade estar nesta igreja localizada na Rua Treze de Maio.



A Catedral como todos a conhecem, teve sua construção iniciada em 1745 junto a Capela dos Passos existente na Praça do Santíssimo Salvador. Sofreu várias reformas e foi reconstruída em 1861.



A criação do Bispado de Campos, ocorrida em 1828, fez com que a velha matriz se transformasse em Catedral tendo sido praticamente demolida para que surgisse a partir dela o templo projetado por D. Henrique Mourão e empreendido pelo Monsenhor João de Barros Uchôa, em estilo neo-clássico.



A Catedral do Santíssimo Salvador está localizada de frente para a Praça do Santíssimo Salvador, Praça das Quatro Jornadas, para o Rio Paraíba do Sul, que corta a cidade e é um dos maiores cartões postais da cidade.




Chafariz Belga



O chafariz belga localizado na Praça das Quatro Jornadas foi presenteado pela Companhia Campos Syndicate, Empresa Brasileira de Abastecimento de Água e Tratamento de Esgoto para o então primeiro prefeito de Campos, Manuel Rodrigues Peixoto, em 1902. O presente era para ter sido instalado na chácara do prefeito localizada na Rua do Ouvidor, mas ele preferiu instalar o chafariz em praça pública.


O chafariz de louça belga, com predominância de tons azuis e caramelo é composto por três peças, daí ser conhecido como “Bolo de Noiva”. O chafariz foi reformado diversas vezes, tendo sido restaurado em 1991, quando recebeu de volta os leões e as taças que o adornam, que haviam sido destruídos.


No início do século passado (XX), mais precisamente em 11 de outubro de 1906, o chafariz foi objeto de uma publicação em um jornal da cidade. A nota afirma que em comemoração à Descoberta da América, o prefeito de Campos dos Goytacazes, Dr. Manuel Camillo Ferreira Landim, inaugurou a fonte oferecida ao município pela Companhia The Campos Syndicate Ltda. Às 17h30 o Sr. Dr. Samuel Burgun, gerente da Companhia Syndicate mandou tirar o tapume que se achava em torno da fonte. Em seguida, o Dr. Prefeito abriu a torneira geral da fonte e a água esguichou por todos os orifícios do belo repuxo. Nessa ocasião, a Banda Musical Lyra de Apollo executou o Hino Nacional e foi queimada uma salva de 21 tiros. O jardim e a fonte, à noite, estiveram profusamente iluminados por lâmpadas elétricas e grande multidão ali se conservou até depois das 10 horas da noite.



Devemos ressaltar que a Praça das Quatro Jornadas onde está localizado o chafariz também passou por algumas reformas posteriores e ao final de 2012, o mesmo chafariz foi objeto de uma reforma efetuada pela empresa Águas do Paraíba, que conseguiu fazê-lo funcionar dessa vez com o acréscimo de lâmpadas de cores diversas que promoveu mais beleza a este objeto e lhe proporcionou o advento de ser mais um dos cartões postais da cidade.

O Chafariz Belga é tombado pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos dos Goytacazes, através da Resolução nº 003/2011 e publicado no Diário Oficial de 27 de dezembro de 2011.

Praça das Quatro Jornadas


Ao pequeno espaço existente em frente à agência do Banco do Brasil, e que outrora fez parte do conjunto denominado Praça do Santíssimo Salvador, está a não menos famosa Praça das Quatro Jornadas. Os estudiosos afirmam que outrora onde hoje vemos o chafariz belga existia o prédio da antiga Cadeia Municipal.



Diante de tantas construções e tantas reformas executadas na praça vizinha, é certo afirmar que foi para ela, Praça das Quatro Jornadas que as paradas de ônibus foram transferidas, ao sabor do progresso, uma vez que se defendia a construção de uma estação em local apropriado e o ponto de ônibus deveria ser edificado em frente á Santa Casa (atual Shopping, construído em terreno da mesma instituição hospitalar) e onde já se encontra o chafariz belga e onde existia uma bomba de gasolina.



Ao final dos anos 70, diante do crescente número de linhas urbanas municipais que deveriam atender a toda cidade, levantaram a questão de transferir o ponto de ônibus da Praça das Quatro Jornadas para um local mais amplo. Fato que só iria ocorrer ao final dos anos 80, quando a administração municipal resolveu transferir definitivamente o ponto de ônibus para o Terminal Urbano, existente ao longo da Avenida Ruy Barbosa, localizado à beira-rio.

Por nomenclatura, a praça é uma homenagem as quatro jornadas empreendidas por Benta Pereira, em sua luta contra os Assecas. 

Monumento ao Expedicionário


Este monumento é uma homenagem a todos os campistas que lutaram pela pátria e como mausoléu foi destinado a abrigar os restos mortais de todos os soldados que perderam a vida a partir da Guerra do Paraguai.


Este monumento com sete metros de altura e quatro de largura retrata a figura do soldado em bronze de três metros, sob uma pedra de mármore. Em uma das faces laterais da pedra que sustenta o soldado há um relevo alusivo ao embarque dos Voluntários da Pátria. No lado oposto está grafado os nomes de cinco combatentes campistas que foram Voluntários e que tombaram para defender a Pátria. Na parte posterior, está grafada um dos versos musicais em bronze, da marcha de Guerra “Brasil”, de autoria do campista Dr. Thiers Cardoso. Na parte frontal, há uma coroa de louros, em bronze, onde está grafado a seguinte legenda: “Campos, a glória eterna dos que lutaram pela Pátria”



A obra é do escultor campista Modestino Kanto e a iniciativa foi do Dr. Thiers Cardoso que chefiou uma comissão de jornalistas, para solicitar do artista a criação de tal obra.
O monumento foi inaugurado em 14 de abril de 1947, logo após o término da II Grande Guerra Mundial. No dia da inauguração, pela importância do ato, o prefeito decretou feriado municipal.
Este monumento já recebeu os despojos do capitão voluntário Manuel Teodoro de Almeida Batista, morto na Batalha de Tuiuti.

O Monumento é tombado pelo Conselho do Patrimônio e Preservação Histórica e Cultural de Campos, através da Resolução nº 003, de 27 de dezembro de 2011.



segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Praça do Santíssimo Salvador



“A Praça”, como espaço público é tema de uma das composições musicais consideradas como clássico da Música Popular Brasileira e foi composta por Francisco Buarque de Hollanda. Em qualquer praça pública a população pode viver momentos de lazer, mas também é ponto de encontro e de negócios.
Quem vê a Praça do Santíssimo Salvador hoje, não imagina a quantidade de transformações que este espaço público já sofreu ao longo dos anos e no decorrer do século XX. Os mais velhos ainda lembram os espaços ajardinados, das velhas árvores que davam sombras ao redor das calçadas, dos velhos bancos de treliça em madeira, e dos locais cercados que preservavam o Monumento ao Expedicionário.


Ao longo de sua existência a Praça do Santíssimo Salvador contou com palmeiras e árvores que davam sombra por sua extensão, e era toda gradeada com portões que eram cerrados às 21 horas, isso em 1893.


Em 1903, a Praça do Santíssimo Salvador passou por reformas em seus jardins. Nos anos seguintes, 1904 e 1905, este espaço ganhou lâmpadas coloridas, que deram mais brilho as famosas retretas musicais feitas pelas Sociedades Musicais.
Décadas depois (anos 20), a praça como espaço de lazer encontrava-se abandonada, seus jardins em estado lastimável, o capim tomando conta da praça e isso fez o campista reclamar por melhorias.
Registros dão conta de que em 1929, os campistas iniciaram amplo debate sobre a ampliação da Praça do Santíssimo Salvador, com a transferência da Catedral para o bairro Jardim Maria Queiroz. Como vemos, a população manteve a decisão de que a Catedral não fosse transferida e pudesse embelezar o conjunto entre a praça e os prédios ao redor.
A década de 30 é marcada por fatos importantíssimos que marcaram a história de Campos dos Goytacazes. Em 1931, durante os festejos do Santíssimo Salvador, o povo delirou diante da batalha empreendida pelas Sociedades Musicais Lyra de Apolo e Guarany.


Se em 1935 a população vivia a festividade das comemorações do centenário de elevação da antiga vila à categoria de cidade, além dos melhoramentos efetuados tanto na Catedral como nos edifícios que circundam a praça, em 1937, os campistas vivenciaram um fato doloroso por conta do Integralismo, quando algumas pessoas morreram quando passavam diante de uma trincheira instalada nos arredores da praça.


Os anos 40 foram marcantes para a população uma vez que surgiram novas construções como o edifício da Empresa de Correios e Telégrafos, dando nova estética ao local. Além de ter início à discussão sobre o monumento ao Expedicionário campista cuja obra foi criada pelo artista Modestino Kanto e que acabou beneficiando a praça. 
Assim como já havia ocorrido no início da década de 20, na década de 50, a praça volta a ser objeto de abandono, os campistas então reclamam e apelam para que sejam construídos edifícios belos e modernos para que a praça pudesse voltar a cumprir as finalidades sociais que lhe eram atribuídas.


Em 1975, os trabalhos de remodelação e embelezamento foram obstacularizados por investidas de vândalos que se encarregaram de destruir bancos e outros pertences ao local.
Já no início dos anos 80, foram concluídas as reformas de urbanização da Praça São Salvador com melhorias no ajardinamento.


Entretanto o século XXI trouxe consigo novas idéias. Logo no início deste novo século, a administração municipal resolveu retirar todas as árvores e jardins existentes, dotando a Praça do Santíssimo Salvador de um imenso espelho cimentado. Foram implantadas algumas pedras de mármore que, na justificativa da municipalidade retratavam uma frase atribuída ao ex-presidente Getúlio Vargas, em uma das muitas visitas que fez a Campos, de que, “se o Brasil é o pulmão do mundo, Campos é o espelho do Brasil”.